sexta-feira, 14 de agosto de 2015


Primeira Postagem

(O grito de liberdade)






Olá rapazes,

Esse vídeo é um trecho do filme canadense "Eu matei minha mãe".
Filme completo: https://www.youtube.com/watch?v=1W1Oe40beUw

A cena é muito excitante. A primeira vez que eu assisti esse vídeo (quando eu tinha os meus 16 aninhos) vicei e assisti diversas vezes. Os dois rapazes são lindos. A ideia de pintar a casa com um carinha me remetia a possibilidade de viver a dois com alguém.

Diferentemente de muitos, na minha pré-adolescência e adolescência eu não tinha sonhos românticos para depois me desiludir com o passar dos anos. Eu geralmente ficava com carinhas "hetero"que só queriam aquela foda rápida ara se satisfazer, sem nenhum carinho, cuidado ou afeto. Tinha a idéia que os gays (passivos) só serviam para satisfazer os caras "heteros", quando esses queriam algo diferente, rápido e fácil.

Hoje, depois de várias circunstâncias me tornei mais romântico e crente na possibilidade de existir amor entre duas pessoas, mesmo em uma sociedade tão individualista como a nossa!

Por causa de uma paixão tive coragem de me assumir para a minha mãe, cuja relação em diversos momentos, principalmente por conta da minha orientação sexual era conflituosa. Uma das vantagens dessa paixão foi o despertar do meu potencial de reivindicar ser eu mesmo. Esse filme fala bastante da relação de amor e conflito entre um filho gay e sua mãe, o que me fez identificar-me bastante com o personagem principal.

Já dizia Aristóteles: "O verdadeiro discípulo é aquele que supera o mestre". Passamos a vida inteira querendo o amor dos nossos pais e projetando nossos amantes amados. Freud explica. Todavia chega um momento em que se anular para satisfazer a vontade do outro para não corrermos o risco de deixarmos de ser amados nos limita, nos sufoca... Há momentos em que precisamos nadar contra a maré, precisamos nos impor e nos auto-afirmar, senão nunca seremos nós mesmo, mas apenas um bebelô de outro, sem vontade própria. Todavia ser você mesmo custa um preço.

Em uma sociedade, onde as camadas mais reacionárias e conservadoras estão mostrando a cara, escrevo esse blog "pondo a cara no sol". Quero falar sobre as experiências de um rapaz gay que sonha em poder viver um grande amor e ser respeitado, que rema contra a maré, que EXISTE assim como diversos rapazes gays pelo mundo que passam por coisas semelhantes.

Abração rapazes!




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